O Outcome 9 da OIT está ligado à “Promoção de políticas equitativas e eficazes em matéria de migração laboral”. A OIT visa reforçar a governança da migração laboral para assegurar condições de trabalho decente para trabalhadores e trabalhadoras migrantes e responder às necessidades do mercado de trabalho, bem como para promover o crescimento e desenvolvimento econômico inclusivo. Assim, a estratégia global da OIT neste domínio passa por aumentar a capacidade dos mandantes da OIT para que possam participar no desenvolvimento de políticas baseadas em dados empíricos, que resultam numa migração laboral equitativa e assente nos direitos para todos os trabalhadores; ao mesmo tempo, procura melhorar a governança da mobilidade laboral em termos de equidade, no quadro de processos de integração regional e dos principais corredores de migração, com base no diálogo social e na colaboração com vários atores parceiros.

 

Estima-se que a migração Sul-Sul representa pelo menos 50% dos trabalhadores/migrantes a nível mundial. Trata-se principalmente de migração fronteiriça ou intrarregional, onde as fronteiras ou a proximidade geográfica tendem a fomentar mercados de trabalho entre países de origem e de destino. Na verdade, a migração Sul-Sul distribui-se por um grande número de intermediários intrarregionais que diferem em relação aos aspetos geográficos, à interdependência entre mercados de trabalho e às disposições relativas à migração. Uma característica demográfica incontornável dos corredores Sul-Sul de trabalhadores migrantes é o seu elevado grau de feminização. Em média, as mulheres representam mais de metade do total de migrantes identificados nos países de destino.