Apesar dos progressos realizados no desenvolvimento do Sistema Estatístico Nacional (SNE) nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), subsistem ainda assimetrias e desafios significativos no SNE em relação à informação sobre o mercado de trabalho, nomeadamente em termos do cumprimento das recomendações internacionais e da produção de estatísticas oficiais (IMS): escassez de recursos (financeiros e humanos em quantidade e qualidade); insuficiente e limitada capacidade técnico-analítica; o MSI, como “bem público de divulgação democratizada e acessibilidade” é, na maioria dos casos, fragmentado, em alguns casos não produzido de forma regular e/ou atualizada, tem limitações em termos de cobertura/escopo, comparabilidade, previsibilidade, qualidade. No entanto, é inegável que existe uma necessidade crescente de produzir IME de qualidade, atempada e atempada para satisfazer as necessidades dos utilizadores e decisores políticos no mercado de trabalho, com um impacto direto na governação e no desenvolvimento dos países.
Neste contexto, o objetivo deste estudo foi realizar um diagnóstico dos ecossistemas de dados e informações do mercado de trabalho e fortalecer as capacidades técnico-analíticas do SNE nos países de língua portuguesa, seguindo os novos padrões estatísticos internacionais, por meio de atividades que visem criar sistemas e/ou promover processos que fortaleçam capacidades e melhorem a regularidade na produção de estatísticas do mercado de trabalho para a tomada de decisões de políticas públicas na área do mercado de trabalho, especialmente na operacionalização da Agenda do Trabalho Decente. Este relatório foi apresentado durante o evento Side: “Cooperação Sul-Sul e triangular – experiência dos países lusófonos em estatísticas do trabalho”, que decorreu no dia 19 de outubro de 2023, no âmbito da 21.ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho,
Durante 2023, a OIT iniciou um projeto para desenvolver uma rede de apoio entre os países lusófonos. O evento paralelo destacou o progresso inicial deste trabalho, incluindo uma visão geral das necessidades de apoio dos países de língua portuguesa na África e o potencial de uma rede incluindo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para atender a algumas dessas necessidades.
Para ter acesso à reportagem, clique aqui.